AS COISAS QUE NÃO PRESTAM
A simplicidade das pequenas coisas, das que não têm valor comercial,são as melhores pelo desprendimento e sobretudo não estão em conflito com a possibilidade de ter ou não ter, mas sómente o ser.
Muito pequena, recolhia pequenos vestigios,pedaços de loiça moedas medalhas enferrujadas, que ninguém dava qualquer valor.Ficava refectindo, sobre as pessoas que manusearam aqueles objectos que uso e utilidade no passado,que importância e que tipo de vida?Que qualidade de alimentos ingeriam naquelas taças, ou pratos.
Porquê daquelas flores daquelas imagens daquelas cores.
Limpas e catalogadas já impressionavam os outros que achavam graça ao meu passatempo.
Certa altura da vida descobri que existe uma ciência que apoia a História que se chama Arqueologia.
Hoje não percorro espaços agrícolas onde a terra é removida, não tenho tempo, vivo no tempo cronometrado do mundo onde impera o preço das coisas,mas de vez em vez encontro algo que me faz lembrar isso.
Contudo fiz um curso Filosofia,que me deu condição de entender melhor quem sou, e as dificuldades que levanto aos outros para ser entendida,isto pelos que de boa vontade se esforçam para lá chegar.
Um larápio jamais levaria este pedacinho de loiça.
Mas,encerra nele história e riqueza cultural